terça-feira, dezembro 26, 2006

América do Sul 11

Apanhei o ônibus para o Cosme Velho e depois o bondinho para subir ao Corcovado. Entrada de 30 reais. E vale a pena para ver o Rio de cima, como se fosse um mapa a três dimensões, com os aviões, que aterram num aeroporto ali perto, a passarem ao nível dos olhos.

Rio de janeiro. Março 2004

segunda-feira, dezembro 25, 2006

América do Sul 10

Um dos desportos favoritos do carioca é conversar enquanto bebe um chop (a nossa imperial). Os locais próprios são espaços abertos com um balcão que dá directamente para o passeio.


Rio de Janeiro. Março 2004

domingo, dezembro 24, 2006

Livro de Artista 2

Na década de 60 o Livro de Artista foi um fenómeno comum, como tomada de posição dos artistas sobre o mercado de arte, produzindo este tipo de objecto pouco comercial. Para artistas plásticos, sobretudo para artistas conceptuais, pode ser uma ferramenta importante na experimentação e conceitualização de novas ideias.




Antoni Tàpies (1923. Espanha)

sábado, dezembro 23, 2006

Livro de Artista 1

Um livro sendo um objecto com algumas dificuldades de exposição também o é para ser comercializado. Mas pode ser considerado um objecto plástico, ao nível de qualquer outro, valendo pelo seu todo.

Ivo Moreira (1979. Portugal)

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Livro de Artista

O Livro de Artista, tendo algumas afinidades, coincidindo até por vezes com o Diário Gráfico tem, no entanto, uma diferença fundamental: enquanto o Diário Gráfico é uma coisa íntima, feita para não ser mostrada, ou pelo menos reservada a poucos, o Livro de Artista vai chegar ao conhecimento dum círculo alargado, ou pelo original ou pela edição de alguns exemplares.

Para Anselm Kiefer (1945. Alemanha), o Livro tem uma importância central na sua obra como cruzamento e lugar de encontro para outros trabalhos. Veja-se no seu livro intitulado: Erotik im Fernen Osten oder: Transition from cool to warm, que, em cerca de 65 desenhos, faz a transição entre paisagens geladas e o corpo de uma mulher. Faço aqui uma pequena mostra com 3 desses desenhos.



Anselm Kiefer

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Joalharia

O local de trabalho de um/a joalheiro/a é fascinante por, num pequeno espaço, haver tanta diversidade de instrumentos, pequenas máquinas, recipientes de vários tamanhos. Tudo ali à mão.


Atelier da Ema. Lisboa. Dezembro 2006

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Não-lugar 4

"O espaço do não-lugar não cria nem identidade singular, nem relação, mas solidão e semelhança". Marc Augé. Não-lugar. Introdução a uma Antropologia da Sobremodernidade

Aeroporto da ilha do Sal. Cabo-Verde. Março 2006

terça-feira, dezembro 19, 2006

Não-lugar 3

"Mas os não-lugares reais da sobremodernidade, os que tomamos quando entramos numa autoestrada, fazemos compras no supermercado ou esperamos num aeroporto (...), têm a particularidade de se definirem também pelas palavras ou pelos textos que nos propõem ou pelas suas instruções de uso: (...) “tomar a fila da direita”, “proibido fumar” ou “está a entrar em ...” recorrendo ora a ideogramas mais ou menos explícitos e codificados (...) ora à língua natural". Marc Augé, Não-lugares, Introdução a uma Antropologia da Sobremodernidade

Aeroporto da ilha de S.Nicolau. Cabo-Verde. Abril 2006

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Não-lugares 2

"O não-lugar contém em si a seguinte contradição: só conhece indivíduos (clientes, passageiros, utentes, ouvintes), mas estes não são identificados, socializados e localizados (nome, profissão, local de nascimento, local de residência) excepto à entrada e à saída". Marc Augé, Não-lugares, Introdução a uma Antropo0logia da Sobremodernidade




Aeroporto da ilha do Sal. Cabo-Verde. Março 2006

domingo, dezembro 17, 2006

Não-lugar 1

Apesar de serem lugares iguais em todo o mundo e não terem identidade própria, os não-lugares são locais muitas vezes alvo do interesse do viajante e o seu registo é inevitável, devido precisamente ao longo tempo que o viajante tem disponível quando permanece neles e também à carga simbólica de viagem que eles possuem.


Aeroporto de Barcelona. Dezembro 2001

sábado, dezembro 16, 2006

Não-lugar

Contemporaneamente designados “não-lugares”, são espaços sem história e sem identidade, por onde as pessoas passam como meros utentes, sabendo que nunca mais se cruzarão. Salas de espera de aeroportos, bombas de gasolina e restaurantes de estrada, hotéis de passagem, com os quartos, a sua recepção e a sala de estar uniformizados. Paradoxalmente é aqui que um estrangeiro, perdido num país que não conhece, se encontra. A linguagem é universal.


James Jean. Taiwan. 1979

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Neve 2

Ainda a neve. Registo muito rápido. Só temos alguns minutos, o tempo que dura a subida no teleférico.


Alpes. Março 2005

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Neve 1

O que sabe bem na neve é sentarmo-nos numa esplanada com um copo de um bom vinho tinto (quente) à frente. E nesta época qualquer pretexto é bom para sairmos daqui.

Alpes (não sei se suiços se franceses). Março 2005

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Tavira

Isto não é uma osga.


Desenho de osga. Agosto 2003

terça-feira, dezembro 12, 2006

Madrid

Viajar acompanhado e ficar em casa de amigos é confortável e até agradável. No entanto a atenção ao que nos rodeia diminui consideravelmente e, claro, os desenhos escasseiam.

Madrid. Entre a Fnac e o Corte Inglês. Dezembro 2006

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Santiago do Chile

"Mais ar fresco na América Latina. Mais calma. Mais espaço para viver". Palavras tiradas do blog de Enrique Flores. Quando passei por Santiago percebi o peso que o exército ainda tem na sociedade chilena. Esta feira, em frente ao Palácio La Moneda, pretendia promover os carabineros. A música de fundo era, ridiculamente, dos anos 60, paz e amor.


Santiago do Chile. Abril 2004

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Neve

Não sou grande adepto da neve nem do sky, ao contrário do Desenho é preciso jeito


Alpes. Março 2005

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Paris 2

Aproveitei o Domingo, dia gratuito, e fui ao Museu Delacroix e ao Picasso. Desde que se pode fotografar nos Museus e as câmaras são digitais as figuras ridículas aumentaram.


Museu Picasso. Paris. Dezembro 2006


terça-feira, dezembro 05, 2006

Paris 1

"Pitoresco" foi um termo muito usado nos séculos XVIII/XIX. Quando alguém queria representar um determinado lugar, evidenciava alguns aspectos típicos desse lugar.


Paris. Dezembro 2006

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Paris

O desenho feito em Diários de Viagem traduz, quase sempre, um percurso muito pessoal. Muitos dos registos não permitem, sequer, perceber em que cidade foram feitos. Neste caso não resisti ao "bilhete postal".

Antes da aguarela

Depois da aguarela

Paris. Dezembro 2006

quarta-feira, novembro 29, 2006

Desenho 5

... e essa tarefa ser partilhada entre todos de modo a existir uma troca de experiências e o professor ser considerado, além do mais velho, o mais experiente.






Novembro 2006

segunda-feira, novembro 27, 2006

Artur Cruzeiro Seixas

Foi, na adolescência, "amigo do peito" de Mário Cesariny (1923-2006). Não sei se este fazia Diários Gráficos mas, na falta deles, mostro os de Cruzeiro Seixas, com as suas viagens interiores.

"O meu método de desenho é não ter método. Tirei apenas o quinto ano de desenho da Escola António Arroio, mas com os professores nunca aprendi nada. Nunca gostei de aprender, a não ser comigo mesmo". Cruzeiro Seixas


Cruzeiro Seixas. Portugal. (1920). Pintor

domingo, novembro 26, 2006

David Hockney

(...)Andámos por aí, sentámo-nos e falámos com pessoas; e aí eu tendo a pegar no caderno e começar a desenhar". David Hockney
Thank you Cin for David Hockney's site and here


David Hockney. Inglaterra. 1937. Artista Plástico

sexta-feira, novembro 24, 2006

Desenho 4

Uma boa estratégia para os alunos adquirirem o gosto por uma disciplina, neste caso o Desenho, e melhorarem as suas aptidões, é estabelecerem com o professor uma relação de cumplicidade. Professor e alunos dedicarem-se, por exemplo, à mesma tarefa.






Novembro 2006

quinta-feira, novembro 23, 2006

Diários de Viagem 8

"Não tenho uma razão forte e não sei sinceramente porque os faço. Sem dar por isso ganharam vida. Existem". Pedro Gaspar


Pedro Gaspar. 1982. Designer gráfico

quarta-feira, novembro 22, 2006

Diários Gráficos

Para se estabelecer uma cumplicidade com o nosso Diário Gráfico, objecto que nos acompanha com frequência, podemos fazer o nosso próprio caderno ou personalizá-lo de algum modo.


Pedro Gaspar. 1982. Designer Gráfico


Ricardo Nogueira. Aluno do 10ºano

terça-feira, novembro 21, 2006

À espera de

À espera nas Finanças para pagar impostos.


Repartição de Finanças da Penha de França. Lisboa. Abril 2005

À espera da Luísa para almoçar


Adamastor. Lisboa. Novembro 2006

segunda-feira, novembro 20, 2006

Diários de Viagem 7

"(...) foram justamente as esperas que me introduziram no vício de andar sempre com um bloco e um riscador no bolso. O desenho da espera deixa pouco espaço para a irritação, obriga a focar a atenção e por vezes ficamos de tal maneira absorvidos que nos esquecemos do que esperamos, passa-nos tudo ao lado". Filipe Leal Faria


Estação de Correios. Algés. Filipe Leal Faria.

domingo, novembro 19, 2006

Tomar chá

Ainda um contributo para uma terapia familiar.


Pastelaria Benard. Lisboa. Novembro 2006

sexta-feira, novembro 17, 2006

Papagaios de papel

Lançar papagaios é uma actividade lúdica que, tal como o desenho, dá para todos os elementos da família participarem. Outro tópico para uma terapia de família unida.

Praia do Castelo. Novembro 2006

quinta-feira, novembro 16, 2006

Diários de Viagem 6

"O diário não é narrativo, não se organiza como um história relatada pelos seus factos mais importantes. Quase todos os restaurantes onde me sentei em viagens têm um desenho. É um registo de preguiças, pausas, ócios. Uma história de nada". Eduardo Côrte-Real


Eduardo Côrte-Real. Professor, arquitecto

quarta-feira, novembro 15, 2006

Fotografia vs Desenho 4

Os desenhos feitos no Diário Gráfico, sobretudo os feitos em viagem, não valem pela sua qualidade mas por aquele momento, pela experiência vivida. Tirarmos uma fotografia para mais tarde a copiarmos não vale a pena.


Travessia dos Andes (Chile-Argentina). Abril 2004

terça-feira, novembro 14, 2006

Fotografia vs Desenho 3

... (pelo facto) de querer passar despercebido, não uso máquina fotográfica, apesar de, por vezes, sentir alguma necessidade para registar, por exemplo, um cartaz, um grafiti, ou qualquer coisa gráfica que exige algum rigor e fidelidade na transcrição. No entanto, por pensar que a fotografia e o desenho são linguagens distintas, opto pela dedicação exclusiva ao desenho. É a opção do regresso ao básico, ao suporte e ao instrumento essenciais.

Ilha de Santo Antão. Cabo-Verde. Abril 2006

segunda-feira, novembro 13, 2006

Fotografia vs Desenho 2

NOTA: O vs (versus) do título não significa "contrário", "oposto", mas sim, "diferente", "outra coisa" ou até "complemento" ou mesmo "semelhança".

"O desenhador arroga-se menos um imperialismo de “representação” que o fotógrafo, o cineasta, o jornalista, ou o antropólogo. Mais limitado (à urgência de desenhar, à pobreza dos materiais, às fraquezas da técnica), e por isso mais livre, o desenho de viagem não tenta sequer pretender que “descreve” ou “reproduz” uma qualquer realidade vivida e observada" in Histórias Etíopes de Manuel João Ramos, AssírioAlvim, Lisboa


Manuel João Ramos. Portugal. 1960. Antropólogo. Ilustrador. Professor

sexta-feira, novembro 10, 2006

Fotografia vs Desenho

O arquitecto Le Corbusier, em 1911, antes da sua partida para a viagem ao Oriente adquiriu uma máquina com bastante precisão técnica que usava, por vezes, com tripé. Conciliava os vários instrumentos de que dispunha para tentar compreender o que observava, usando tanto a máquina fotográfica, como o lápis, a caneta ou as aguarelas, mas dando sempre a primazia aos registos gráficos feitos no seu diário, onde por vezes, apontava o número da fotografia que tinha tirado sobre aquele motivo.


Viagem ao Oriente. Le Corbusier (1887-1965). Suiço. Arquitecto, pintor e escultor

quinta-feira, novembro 09, 2006

América do Sul 9

Depois da viagem Montevideu-Porto Alegre, cerca de 20 horas de camioneta, cheguei sem fazer a menor ideia onde ficar. Tudo é diferente, as cores, o cheiro, os sons, as pessoas.

Porto Alegre. Brasil. Março 2004

quarta-feira, novembro 08, 2006

América do Sul 8

Todos os uruguaios, novos ou velhos, ricos ou pobres, homens ou mulheres, fora ou dentro de casa, sózinhos ou em grupo, bebem mate. Um ritual que tanto ajuda ao convívio como a passar a solidão. Os países à volta também têm este ritual apesar de menos generalizado. No Brasil chama-se de chimarrão.

Montevideu. Uruguai. Março 2004

terça-feira, novembro 07, 2006

América do Sul 7

Joaquin Torres Garcia (1874-1949), artista uruguaio, foi um viajante fazendo também os seus diários nessas viagens. Em Nova Iorque montou uma pequena fábrica/atelier de brinquedos concebidos, produzidos e comercializados por ele. Eram brinquedos de madeira com uma grande componente didáctica. Nos Museus uruguaios não se paga (li algures que já não é assim), cada um dava o que queria ou podia. Armei-me em forreta e dei 50 pesos, mais ou menos 1,5 euro.

Museu Torres Garcia. Montevideu. Uruguai. Março 2004

segunda-feira, novembro 06, 2006