terça-feira, outubro 31, 2006

Juan Miró

Foi aqui que vi uma família japonesa, pai, mãe, filho e filha, todos a desenharem em cadernos. Deve fazer parte de uma terapia familiar. O Enrique diz que, pelo menos, enquanto desenham não discutem.


Fundação Juan Miró. Barcelona. Agosto 2006

domingo, outubro 29, 2006

Conferências

Por vezes as conferências são muito maçadoras. Foi o caso da dada por este senhor a que tentei prestar atenção na Ordem dos Engenheiros. Conferências interessantes vão ser ouvidas no dia 25 de Novembro na Escola de Belas Artes de Lisboa ali ao Chiado. Pessoas de várias áreas, que usam o Diário Gráfico, vão falar da sua experiência. Vejam o Programa completo carregando no botão da 1ªpágina do site www.diariografico.com. As inscrições são mais baratas se forem feitas até ao próximo dia 10.

Ordem dos Engenheiros. Lisboa. Maio 2006

sábado, outubro 28, 2006

Jardim da Estrela

O meu local de trabalho é muito perto do Jardim da Estrela e, também por isso, frequento-o com alguma assiduidade. Sempre que lá vou encontro motivos de interesse para desenhar.


Jardim da Estrela. Lisboa. Outubro 2006

sexta-feira, outubro 27, 2006

Desenhar no metropolitano 1

É realmente difícil desenhar no metro. Por ter que ser rápido, ser incómodo, além de nos sentirmos observados. Aqui vão duas páginas seguidas do mesmo caderno.




Susana Campos. Professora e pintora

quinta-feira, outubro 26, 2006

Desenhar no metropolitano

Desenhar num comboio de longo curso é fácil e até uma boa maneira de passar o tempo. As pessoas vão sonolentas ou entretêm-se a ler. No metropolitano já as coisas são diferentes. Há muito pouco tempo e toda a gente está atenta ao que se passa à volta. Sobre isto há um site muito bom a visitar e um blog igualmente urgente. Para ultrapassar o pudor, que poderá existir em relação aos observados, podemos usar alguns truques tais como o de fingir que estamos a desenhar outra coisa. Foi o que fiz neste caso feito há uns anos pois os rapazes tinham cara de poucos amigos.


Metropolitano de Lisboa. Outubro 2004

quarta-feira, outubro 25, 2006

Tatuagens

Intervalo na viagem pela América do Sul



Barcelona. Agosto 2006

terça-feira, outubro 24, 2006

América do Sul 5

O tango outra vez. Costumava ir à "Confiteria Ideal" para o ouvir e ver dançar. É um espaço antigo parecido com o nosso Ritz. Por ser uma dança já muito conhecida torna-se difícil desenhá-la sem ser em posições estereótipadas.


"Confiteria Ideal". Buenos Aires. Abril 2004

segunda-feira, outubro 23, 2006

América do Sul 4

Que a música, o tango, paira sobre Buenos Aires é mesmo verdade. Eu ouvi. Aos Domingos no Bairro de S.Telmo, Praça Dorrego, instalavam-se os feirantes e os músicos. A minha banda preferida era a Orquestra Típica Fernandez Fierro. Ficava horas a ouvir aquela música arrepiante. E no fim o vocalista, o “Chino”, fazia um peditório com uma camisa ensanguentada, uma referência aos “desaparecidos” na ditadura.


Praça Dorrego. Buenos Aires. Abril 2004

domingo, outubro 22, 2006

América do Sul 3

Na Argentina, e em Buenos Aires em particular, as causas sociais continuam muito presentes. As pessoas mobilizam-se com facilidade para reivindicarem aquilo que acham justo. Este desenho está péssimo, mas fi-lo com alguma emoção. Foi na Praça de Mayo, praça com grandes tradições de luta, em frente à catedral (edifício feio, neoclássico, que não se vê no desenho). As manifestantes não tinham contemplações e chamavam os responsáveis pelos nomes. Era promovida pela organização “Pan y Rosas” e no dia 8 de Março. Bonito.

Praça de Mayo. Buenos Aires. Março 2004

sábado, outubro 21, 2006

América do Sul 2

"Nada melhor do que caminhar numa cidade, sem a conhecer. Saber-me perdido e, mesmo assim, continuar a andar como se ali tivesse nascido. O pior é que me perco cada vez menos nas cidades, ou melhor: já não possuo a capacidade de me deixar perder".Al Berto O Anjo Mudo, Assírio&Alvim, Lisboa 2001

O trânsito, em Buenos Aires, é aparentemente caótico. Mas, com mais atenção, verifica-se que as regras são outras. Os autocarros além de baratos são muitos, o que dá para nos movermos pela cidade com facilidade.


Buenos Aires. Argentina. Abril 2004

sexta-feira, outubro 20, 2006

América do Sul 1

"Já embarcado, encostado à amurada, apercebi-me que muito pouco, ou nada, sabia sobre a Sardenha. Mas também não me tinha informado, de propósito. Contava com uma certa emoção da descoberta. Sempre gostava de chegar aos lugares que decidira visitar sem saber grande coisa sobre eles. Isso deixava-me absoluta liberdade de movimentos. Nada melhor do que caminhar numa cidade, sem a conhecer. Saber-me perdido e, mesmo assim, continuar a andar como se ali tivesse nascido".
Al Berto O Anjo Mudo, Assírio&Alvim, Lisboa 2001

Chegada a Buenos Aires rumo ao Hotel Lisboa escolhido unicamente pelo nome. Tinha tudo o que era preciso. Casa de banho, muito limpo, luz natural, uma pequena varanda, pequena mesa onde se podia pintar e escrever, pessoas simpáticas, pequeno almoço com o jornal do dia, muito central e ... barato. Tinha o nome do hotel em neon mesmo na minha varanda mas não incomodava, antes pelo contrário.

Hotel Lisboa. Calle Bartolomeu Mitre. Buenos Aires. Argentina. Abril 2004

quinta-feira, outubro 19, 2006

América do Sul

"Viajar, se não cura a melancolia, pelo menos, purifica. Afasta o espírito do que é supérfluo e inútil; e o corpo reencontra a harmonia perdida - entre o homem e a terra". Al Berto O Anjo Mudo, Assírio&Alvim, Lisboa 2000

Com base em Buenos Aires viajei pela América do Sul durante uns meses. A viagem de avião é longa. Desenhar quase às escuras é um bom exercício.


Vôo Lisboa-Madrid-Buenos Aires. Março 2004

quarta-feira, outubro 18, 2006

Diários de Viagem 4

"Sendo a viagem um percurso que é espacial, mas em simultâneo temporal, este valor reclama a sua inclusão para uma nova espécie de representação. Sendo o desenho bidimensionalização, e se antes era fácil enfiar no caderno de viagem aquilo que se vê frente a nós, como reproduzir então a demora do olhar ou a sucessão dessas visões? Talvez numa representação múltipla, faseada, sucessiva, (...)" Pedro Mamede. 1968. Portugal. Designer. Professor. Estudioso do desenho de artistas feito em viagem






Miguel Navas. Portugal.1963. Artista Plástico. Professor. Arquitecto

terça-feira, outubro 17, 2006

Espaços interiores 2

O Angelo, o dono do hotel, era uma personagem, misto de sedutor/aldrabão. Começou logo por dizer que o preço que vinha no Guia (o Let's Go) estava errado, era só (!) o dobro.


Hotel Terminus. S.Margherita Ligure. Itália. Abril 2002

segunda-feira, outubro 16, 2006

Eugène Delacroix

Viagem ao Norte de África.
“Desembarcámos no meio do povo mais estranho (…) teria que ter vinte braços e quarenta e oito horas por dia para dar uma ideia de tudo isto (…) Neste momento sou como um homem que sonha e vê coisas que teme que lhe escapem”. (diário, 25 de Janeiro de 1832)
“Não existem radicalmente nem claros nem escuros. Existe uma massa de cor para cada objecto, que se reflecte de maneira diferente em todos os seus lados (…) ali radica toda a compreensão da cor na pintura”. (diário, 5 de Maio 1832)
(in "Delacroix, Viaje a Marruecos, Acuarelas" de Alain Daguerre de Hureaux, Bibliothèque de l'image, Paris. 2000)


Eugène Delacroix. França. 1798-1863. Pintor

(Nota: Só tenho feito ligações ao meu próprio site devido ou à quantidade de sites existentes, é este o caso, ou à inexistência deles, que são alguns dos casos anteriores)

domingo, outubro 15, 2006

Ida ao Porto

"O meu sítio favorito para desenhar é no comboio". Diz-nos José María Sánchez. O meu não é, mas ir e vir ao Porto no mesmo dia dá para ler, escrever e desenhar. Um desenho à ida e outro à vinda.


sexta-feira, outubro 13, 2006

Diários de Viagem 3

Não é por ter um desenho meu que eu penso que este blog deve ser visitado. Os desenhos da Simonetta têm mesmo grande qualidade.


Simonetta Capecchi. Nápoles. Itália in blog "In Viaggio col Taccuino"

quarta-feira, outubro 11, 2006

Casa Batllo

“As coisas não são feitas com o fim de serem expostas na parede, mas para serem guardadas”. Manuel San Payo. Pintor e professor. Doutorando em Diários Gráficos

É por ser um espaço resguardado de outros observadores que o “saber desenhar” é completamente irrelevante. O importante como nos diria John Ruskin já no século XIX é saber observar.

Casa Batllo. Barcelona. Agosto 2006

terça-feira, outubro 10, 2006

Espaços interiores 2

O desenho ao fazer-me ter a sensação que viajo, faz com que possa viajar na minha própria cidade, no meu dia-a-dia. Sinto-me estrangeiro no quotidiano. Paradoxalmente, tento adquirir rotinas no estrangeiro e fugir a elas no meu país.
Não era por nenhuma razão especial, mas tomava o pequeno-almoço sempre neste café na praça do Ayuntamiento. E pedia sempre dois croissants, um com manteiga e o outro com marmelada e uma horchata a acompanhar.

Valencia. Agosto 2006

segunda-feira, outubro 09, 2006

Espaços interiores 1

Na casa da Sofia cada divisão tem o seu padrão de azulejos o que, contra todas as expectativas, a torna muito acolhedora. O cinema "Renoir Floridablanca" é muito perto e ainda por cima os filmes estrangeiros são passados em versão original com legendas.

Barcelona. Agosto 2006

domingo, outubro 08, 2006

Espaços interiores

Um simples desenho faz-nos recordar. Fui para o museu de vaporetto, meio de transporte ideal naquela cidade, passei pela ponte dell'Academía, belíssima, de madeira.

Museu Guggenheim. Veneza. Abril 2002

sábado, outubro 07, 2006

Diários de Viagem 2

"Quando viajo a minha vida muda. (...) A vida enche-se, como se na rotina normal estivesse vazia. Então penso que sou um nómada falhado, um cowboy transformado em agricultor. E o que mais me apetece é reter este estado de espírito. Por isso faço estes livros: Para reter aquilo que a rotina acabará por destruir ( como quando em criança escrevia o que recordava dos sonhos)". José María Sánchez


José María Sánchez. Espanha. 1958. Designer Gráfico

sexta-feira, outubro 06, 2006

Desenho 2

Este rapaz e estas raparigas (curiosa esta maneira uniformizada de vestir) estão a tentar desenhar espaços acentuando a perspectiva. Não estão a ser muito bem sucedidos.


Outubro 2006

quinta-feira, outubro 05, 2006

Tarrafal

Nos últimos anos viciei-me a desenhar com caneta. Talvez por ser prático, a tinta desliza facilmente sobre o papel, e ocupa pouco espaço no bolso. São registos muito rápidos feitos, por vezes, em posições incómodas e de cenas, a maioria das vezes, efémeras. A cor aplico-a depois, já em casa.

O desenho abaixo, feito no cais da praia do Tarrafal, é o momento da chegada do peixe. As peixeiras não estavam exactamente nestas posições, pois a confusão era muita.

Tarrafal. Ilha de Santiago. Cabo-Verde. Março 2006

quarta-feira, outubro 04, 2006

Canopo

Sentei-me num banco corrido, à sombra, e desenhei enquanto descansava. Tive todo o tempo do mundo para desenhar estas quatro ninfas.


Canopo. Vila Adriana. Roma. Itália. Abril 2002

terça-feira, outubro 03, 2006

Paisagens

Registos de memória. Enquanto se conduz, fixam-se as cores e as formas predominantes, como os campos estão organizados, que tipo de culturas há, como é que as árvores estão implantadas no terreno, se há animais ou que tipo de casas existem. Reflecte-se na maneira de traduzir, com elementos plásticos, esta realidade. No fim do dia, num registo rápido, "despeja-se" para o papel o que se memorizou.

Percurso Siena-Florença. Toscânia. Itália. Abril 2002

segunda-feira, outubro 02, 2006

Stephan Balkenhol

“As minhas esculturas não contam histórias. Nelas há algo secreto. Não me compete a mim revelá-lo, mas ao espectador descobri-lo”. Stephan Balkenhol. Alemanha 1957. Escultor


Centro de Arte Rainha Sofia. Madrid. Outubro 2000