Quando desenhamos de observação uma situação tridimensional estamos a resolvê-la graficamente de uma maneira bidimensional. Quando desenhamos um desenho (passe a redundância) estamos a copiar uma solução já encontrada por outro.
Ocorreu-me quando, hoje de manhã, estava a fazer este desenho durante o encontro "O Desenho em Questão" na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, organizado por Ana Leonor Madeira Rodrigues
3 comentários:
Mas o resultado que se encontra é sempre outro, é a nossa visão sobre uma obra de arte! Parabéns pelos desenhos e comentários sempre inspiradores!
P.S. Fui ver ontem a expo da Gulbenkian da Natureza Morta e surpreendeu-me pela positiva, mas a dos diários da Bobby Baker é espectacular! A próxima expo tem de ser a do Eduardo ;)
Teresa Faria
ainda ontem estava a comentar exactamente isso com um dos meus alunos... é realmente diferente copiar um desenho ou fazer o exercício de "ler" e interpretar a tridimensão. O cérebro trabalha de forma diferente em cada um dos casos.
o que tenho para mim, que desenho o que posso, é que são modos diferentes e diferentemente enriquecedores o desenhar do vivo e resolver os recntos, os claros e os escuros e sobretudo isso, que é obrigar a que o tridimensional se aninhe na mentira que artisticamente pomos no papel!
e depois há o não menos difícil, mas outra coisa diferente, que é procurar representar o que está numa foto ou num desenho/pintura...muito mais frustrante (para mim) porque nunca fica parecido (rs) enquanto que ao desenhar do real a aldrabice que eu faça é "apenas " o que eu consigo passar para o papel ou ver naquele momento
abraço
(continuo com esperança que um dia façam um workshop de desenhar na rua aqui pelo Algarve ou, mlehor, por Lagos...
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