O Jardim da Estrela é, também, um autêntico espaço cultural. Aos Domingos (alguns) acontece a Feira de Artesanato contemporâneo e ultimamente tem havido música no coreto.
Mário Laginha impar ao piano e Maria João exuberante na voz. Setembro 2008
Temos a honra de ter Lapin, ilustrador francês a viver em Barcelona, como colaborador do site. Vejam a 1ªpágina que vale a pena. E espreitem também o seu site e o blog, que, aliás, há muito tempo consta nos nossos links.
O designer gráfico que se chama a ele próprio Someguy pôs a circular 1.000 diários com a indicação do remetente. Como uma “mensagem numa garrafa” foram encontrados pelas mais variadas pessoas que escreveram, desenharam ou colaram o que quiseram. Alguns dos diários regressaram. Chama-se “1.000 Journals Project”. Posteriormente foi realizado um documentário por Andrea Kreuzhage com o mesmo nome, que tem percorrido vários festivais de cinema. Está em preparação, pela mesma realizadora, outro filme destinado a professores: 1.001 Journals.
Projecto lançado pela marca Beneton (Fabrica) sob o nome “Colors Notebook”: foram distribuídas por todo o mundo cadernos com folhas em branco para as pessoas os preencherem da maneira que quisessem sob os temas: 1.Caras, 2.Violência. O objectivo foi “darem a palavra àqueles que normalmente não a têm”. Foi realizado em colaboração com os “Repórteres sem fronteiras” e exposto no Centro Pompidou sob o nome “Les yeux ouverts” e editados os livros “Faces” e "Violence".
O Largo do Rato já há muito que não é um largo. A Papelaria Fernandes deixou de ser “A Papelaria”. Algumas das árvores que aparecem no desenho, apesar de pertencerem a jardins de instituições públicas, não estão acessíveis ao público.
É consensual que Lisboa tem poucos espaços verdes e tem poucas árvores nas suas ruas. Mas é um facto que quando desenho locais em Lisboa aparecem no boneco imenso verde.
A exposição “Desenhos de escritores” (“L'un pour l'autre. Les écrivains dessinent”) vem a propósito da escrita e do desenho andarem desde sempre ligados. Nesta actividade de desenhar quotidianamente num caderno a escrita aparece naturalmente. E vice-versa. Exposição a não perder no CCB.
Comprei um caderno ao baixo para fazer umas panorâmicas. E duma dimensão reduzida, 9x14,2 cm, para os registos poderem ser muito rápidos. Questão de segundos ou poucos minutos (a aguarela é aplicada em casa). Gostei e comprei um segundo. Acontece que nunca mais fiz pessoas que é o que gosto mais de fazer.
Henry Moore encheu um caderno com desenhos de ovelhas. Descobriu que se desse uma leve pancada no vidro da janela do atelier elas paravam o tempo necessário para as desenhar.
Com este belo desenho, que já é a segunda vez que edito neste blog, a minha designer preferida, Mariana Blanc, fez um belo cartaz a anunciar um workshop com o sugestivo nome: “Diário Gráfico. Instrumento criativo da escrita e do desenho”. Vejam aqui o cartaz e mais explicações. Espreitem também a sugestão do José Louro e de ma grande folle de soeur.
Henry Moore (1898-1986). Inglaterra. Escultor. Esferográfica s/ papel
Em Dezembro de 2004 a exposição de Urbano chamada “O Tempo Suspenso”, na galeria 111, tinha pinturas e um caderno sobre Veneza. De uma grande beleza. Pensei na altura contactá-lo para conversarmos sobre esse hábito de desenhar em cadernos. Fiquei sem saber se ele o tinha porque nunca o contactei.
De quem vem do Cais do Sodré entra no Largo da Academia das Belas Artes com a escola à sua esquerda. Estive lá ontem e relembrei os tempos que andei por aqueles corredores.
O Cais do Sodré podia, se não fosse estar tão mal tratado, ser das zonas de Lisboa mais engraçadas. Não posso deixar de indicar o lendário Jamaica (toldo vermelho no prédio do meio).
A biblioteca de Tavira (à esquerda do desenho), chamada Álvaro de Campos, foi construída no local da antiga prisão. Bonita metáfora. A igreja de S.Sebastião, muito bem restaurada, está à direita.
Desenhei esta praça pelo seu nome árabe: Abu-Otmane. No meio a igreja de Santa Maria. Tavira é a cidade de Portugal com mais igrejas: 37. Atrás o depósito de água que há uns anos foi referendado qual o seu destino e optou-se por se transformar em câmara escura. À esquerda o castelo onde Manuel João Ramos (em Histórias Etíopes. Diário de Viagem, Assírio&Alvim) perdeu um Diário Gráfico.
Em primeiro plano aparece Cacela Velha e ao fundo outra aldeia (ou vila?), que não sei qual é (Altura? Monte Gordo?). Dos vários desenhos que fiz de Cacela, este é o registo que mais gosto. Um dia destes vai aparecer na 1ªpágina do site.
Retomando um tema anterior (ver etiqueta): A aldeia de Cacela Velha, vista da praia da Fábrica, desenhada obsessivamente durante vários dias consecutivos. Um esboço muito rápido, feito a caneta, pintado a aguarela posteriormente já em casa.