Contra o consumismo

Há algumas maneiras de contornarmos o consumismo que cada vez mais nos assalta no Natal. Há uns tempos vi uma exposição de Gerard Richter, na Telefónica de Madrid, que constava de fotografias banais com uma intervenção a tinta, feita a espátula, por cima. Resolveu-me o problema para este ano. Fiz algumas impressões de desenhos em papel brilhante (15x10 cm) e pintei por cima a acrílico, com pincel, algumas formas. Dois exemplos em baixo. Até para o ano.

I'm an urban sketcher

O blog Urban Sketcher deu origem à Associação sem fins lucrativos com o mesmo nome. Registada a 6 de Dezembro, tem como fundador e Presidente Gabi Campanario (Seattle. USA) e Vice-presidente Simonetta Capecchi (Nápoles. Itália). Com dezanove membros iniciais (a que tenho a honra de pertencer) de vários países e continentes, tem como objectivos incentivar a prática do desenho “in loco”.

Um novo logo foi desenhado pelo designer italiano Franco Lancio. Simbolicamente remete para uma janela e os diversos pontos de vistas dum desenhador ("The logo shows a sketchbook with random windows to watch through. They are a symbol of the mess of a city and the sketchers' different points of view”). Apesar da demasiada conotação com a marca Moleskine, gosto pela sua simplicidade e possibilidade de adaptação.

Dois auto-retratos com a camisola USK, onde se pode ver o novo logotipo (camisola imaginada. O logotipo está com uma dimensão exagerada)

Ensinar a desenhar

Mais do que ensinar a desenhar, coisa onde tenho muitas dúvidas, penso que o importante é transmitir o gosto por fazê-lo. Para termos vontade de desenhar muito e cada vez melhor. Daí o Diário Gráfico. E os pequenos cursos que tenho vindo a leccionar. O próximo em Janeiro, na Nextart.

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O livro "Diários de Viagem. Desenhos do quotidiano" já está à venda em todas as livrarias. Ou pelo menos pode ser pedido.

Grupos de alunas a desenhar, no Jardim da Estrela, no seu Diário Gráfico

A outra banda

Atravessar o rio de barco e passear à beira Tejo, em Cacilhas, a ver Lisboa do outro lado é muito agradável. Mas para quando a valorização daquele espaço fabuloso?

Esplanadas

Finalmente as esplanadas têm aumentado em Lisboa. Penso que muitas delas só apareceram devido à nova lei do tabaco. Seja pelo que for é agradável estar na do Largo Camões. E desenhar o que está em frente.

Anos 70

Uma das comissárias, Raquel Henriques da Silva, a explicar-nos tintim por tintim todas as opções que tomaram na concepção da exposição “Anos 70” a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian.

88 anos

Esta senhora fez 88 anos. É a minha mãe. Aqui estava entre o ver televisão e dormir. Ainda não lhe mostrei o desenho porque vai dizer que não está parecida. E não está.

Lapin à Ramatuelle

O meu amigo Lapin, francês de Saint Malo a viver em Barcelona, editou um novo livro: “Lapin à Ramatuelle”. Lindíssimo. Uma réplica do caderno original que fez na sua estadia nesta pequena aldeia francesa situada na Provença-Alpes. Já tinha editado o ano passado outro livro, no mesmo formato, “Expediciones de Lapin”.

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Por falar em livros. O livro "Diários de Viagem. Desenhos do quotidiano" pode ser encontrado em qualquer loja da Fnac.

Jantar chinês

Já responderam ao desafio do USK Portugal? Desenhar uma refeição. Eu já. Com este mesmo desenho. Foi no meu restaurante chinês favorito. Eu não sou grande adepto da comida chinesa, mas este é diferente. E a prova é que está sempre cheio de famílias chinesas.

Pataniscas

Nos favoritos ali ao lado estão dois novos blogues que são de realçar: um é o “Desenhos em cadernos”. Criado por Luis Ançã, pintor e professor em Reguengos, que criou um blog com desenhos dos seus alunos do 9ºano.

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O outro é a passagem do blog “Colectivos de Diários Gráficos” para o “UrbanSketchers Portugal”. Uma iniciativa de Mário Linhares e que Gabi Campanario, guru dos USK, apadrinhou (não é a palavra apropriada, mas é a única que me ocorre). O desenho de Luis Ançã vem a propósito por causa do desafio que este blog lança esta semana: o desenhar uma das refeições do dia 8. Participem.

Luis Ançã

Lg do Rato-J. Príncipe Real

Fazer alguns registos significativos do percurso desde o Largo do Rato até ao Jardim Príncipe Real. Em duas sessões. Ainda não vi o que os alunos fizeram, mas para a semana vou digitalizá-los. Depois mostro.

À esquerda a Procuradoria Geral da República

A Basílica da Estrela lá ao fundo vista da rua Arco de S.Mamede

Na esquina da rua da Imprensa Nacional. À esquerda o Museu de História Natural e à direita a pastelaria Cister

Vista a partir da esquina do Jardim do Príncipe Real, onde está um novo (velho) quiosque a funcionar

Costa alentejana 2

A praia da Arrifana, a do Monte Clérigo e a da Amoreira, perto de Aljezur, continuam das melhores praias que conheço. A primeira foi tomada pela seita do surf. Não tenho nada contra, mas que está diferente está.

Costa alentejana 1

Havia um burro, muito simpático e sempre disponível para levar umas festas, um porco, fruto do cruzamento entre um javali com um porco preto e dois (ou seriam três?) cães que não consegui desenhar.

Costa alentejana

Para um lisboeta tudo o que fica na costa atlântica virada a oeste é Alentejo. Nesta casa, perto de Aljezur, à entrada do Algarve, os dias passam tranquilamente. O Riscas, em primeiro plano, dá os bons dias.

Casa Muxima

Torres Vedras

Fui na 6ªfeira a Torres Vedras para ver o espaço onde se vai realizar a exposição que se irá inaugurar a 9 de Janeiro. Antes de regressar a Lisboa sentei-me na pequena esplanada do café Brazileira (com z), comi um pastel de feijão, bebi uma bica e fiz este desenho. A casa de chá onde almocei no outro dia chama-se realmente Casa da Avó Gama.

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Se quiserem ver fotografias da exposição em Lagos, espreitem aqui.

Largo em frente à igreja de S.Pedro

Clara Marta

Conheci a Clara por email, quando me convidou a participar num encontro de desenhadores, um curso de Verão, em Jaca, nos Pirinéus. Esse encontro foi memorável. Nunca vi tanto entusiasmo. A Clara faz, a partir de agora, parte do site diariografico.com

Clara Marta, Professora de Desenho na Escola Superior de Design de Zaragoça e organizadora do encontro "De Vuelta con el Cuaderno" e do blog com o mesmo nome.

Ida para o Cacém

Fui buscar o João ao Ar.Co para lhe dar boleia para o Cacém. Ele foi pontual , eu é que cheguei cinco minutos antes.

Depois do Cacém

Depois da derradeira aula no Cacém, fomos os sete jantar ao restaurante Relento, em Algés, meu conhecido de há muitos anos. Da esquerda para a direita: João, Zé, Filipe, Pef, Pedro e a Mónica. Em primeiro plano um empregado que gostava de desenho.

Uma bicicleta

A bicicleta é um objecto que dá sempre jeito desenhar. Tem alguma complexidade e é simples ao mesmo tempo. Faz parte do nosso imaginário e a sua forma, por mais evolução que tenha tido, mantém-se sempre na mesma. E, além disso, fica sempre bem.

Workshop em Torres Vedras

O exercício do costume: ao almoço todos tinham que fazer o desenho do que iam comer. Para mim foi uma sopa de legumes, um crepe de queijo e fiambre e um ice tea. Ao fim da tarde uma conversa informal sobre o livro “Diários de Viagem” na livraria Casa Ruim cujos donos são uma simpatia.

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E, já agora, leiam a excelente crítica, a cuja qualidade já nos habituou, que Pedro Moura faz no seu blog LerBD ao catálogo da exposição em Lagos e que seguidamente vai para Torres Vedras.

Não fixei o nome deste óptimo restaurante-casa de chá

Colagens 1

Uma boa estratégia para desbloquear o desenho, é começar na colagem e acabar no desenho.

Margarida Boto. Educadora de infância

Dan Eldon. Esta imagem e a do dia anterior foram tiradas do livro "The journey is the destination. The journals of Dan Eldon" da Booth-Clibborn Editions

Colagens

Quando se fala de Desenho referimo-nos a várias técnicas e uma delas é a colagem. Há pessoas que usam o Diário Gráfico só dessa maneira. Onde, por vezes, fazem pequenas intervenções com outro tipo de registo.

"Visión de Nueva York" de Carmen Martín Gaite

(gracias a Ruben e Consuelo pelo regalo)

NOTA: Ruben e Consuelo participam num blog, no qual eu também participo, "de vuelta con el cuaderno" que apareceu no seguimento do encontro em Jaca, Espanha, e organizado por Clara Marta. Vale a pena visitá-lo e vou pô-lo ali ao lado nos meus favoritos. Aliás ainda não lá está porque tenho-me esquecido.

"The journey is the destination" de Dan Eldon

MUDE

Museu do Design e da Moda. Está aberto até às 10 horas da noite. É pena o bar não estar a servir, porque devia ser agradável ir até lá à noite.

E já viram a bibliografia fantástica que o Enrique Flores preparou sobre Diários de Viagens?

Vespa 125 (modelo 1959-63) e Saia-casaco Christian Dior (1950)

Almoço e tv

Entrei no restaurante e o único lugar vago era debaixo da televisão. Foi engraçado ver todas as pessoas a olharem na minha direcção, mas para cima. Penso que estava a dar futebol.

C.A.M.-F.C.Gulbenkian

Só estes elegantes ciprestes me fizeram registar este momento. O edifício não me entusiasma. E lembrei-me doutro que fiz do mesmo sítio. Reparei agora que a escultura do Cutileiro já lá não está.

Jochen Gerner

Desenhar ao telefone é uma actividade corrente. Já várias pessoas me disseram que o fazem. Os pensamentos e os registos gráficos são mais expontâneos, segundo dizem.

"Branchages. Carnet de dessins téléphoniques (2002-2008)" de Jochen Gerner

Hotel no Jardim da Estrela

No âmbito da Experimenta Design apareceu este apartamento (o Tree Hotel), com quarto, cozinha/sala e um terraço, no meio do Jardim da Estrela. Ontem tinha um inquilino.

Lagos

O Manuel San Payo, o José Louro, o João Catarino e eu próprio, por esta ordem, lá falámos para uma assistência que pareceu interessada por este assunto dos Diários Gráficos. No Domingo demos uma volta para os indispensáveis desenhos.

O Forte da Ponta da Bandeira, que o Pedro também já desenhou tão bem.

"Cuba. Cuaderno de viaje"

É o resultado de três viagens de Enrique Flores a Cuba, mas vê-se como uma verdadeira viagem. E também se lê pois tem muito texto, muito interessante, escrito à mão no momento. Fantástico. Encomendei-o por aqui.

Viseu

Quando viajo, o tempo que gosto mais é quando chego a uma cidade que não conheço, deposito a mala onde vou ficar e saio. Só com uma caneta e um caderno. Ontem em Viseu, apesar de já conhecer a cidade, senti-me assim naquelas horas que estava à espera de boleia.

Gosto das ruas Direitas das cidades

Largo da Sé e do Museu Grão Vasco

Exposição em Lagos 2

Motorizada característica dum pescador algarvio. Feita em Lagos, enquanto esperava pela hora da inauguração. A do Lapin ficou mais perfeita. Vejam os seus fabulosos desenhos, que fez em Lagos, aqui.

Exposição em Lagos 1

A exposição foi inaugurada. Apareceram alguns dos autores. Poucos mas bons: Pedro Cabral, Luis Ançã, Manuel San Payo, Filipe Leal de Faria, Pedro Proença e Lapin, com quem passámos uns dias muito agradáveis.

Amanhã vou a Viseu para no dia 4 leccionar uma aula na Universidade Católica aos alunos de Arquitectura e da escola secundária Alves Martins. Vejam aqui o site da Universidade onde anuncia o evento.

Praça do Infante, da Música ou da República, segundo um poeta de Lagos

Marina de Lagos

Exposição em Lagos

Há autores de Diários Gráficos, talvez a maioria, que se servem dos cadernos para os mais diversos fins. Para projectos profissionais, pessoais ou para nada de especial. Nesta exposição em Lagos optámos por “usar” cada autor numa só das suas facetas. Foi o caso do Richard Câmara que, apesar de ser ilustrador e usar os cadernos nessa sua actividade, aparece só nos desenhadores quotidianos.

Se puderem, apareçam em Lagos no dia 31, Sábado, pelas 18 horas.

Pedro Proença. Cadernos de trabalho 3

Pedro Proença. Quando lhe perguntei se trabalhava em cadernos, mostrou-me, no ateliê, uma pilha deles. De vários tamanhos e feitios. Acabei por trazer cinco para a exposição em Lagos. Estão entre o caderno de trabalho, onde explana algumas ideias, e o Livro de Artista.

Manuel Aires Mateus. Cadernos de trabalho 2

Manuel Aires Mateus, arquitecto, e também participante na exposição em Lagos, usa os cadernos, normalmente de pequeno formato, para tudo: para rabiscar ideias, lembranças ou para nada de especial.