sexta-feira, junho 29, 2007

Cafés

Quem costuma desenhar já desenhou com certeza em cafés, bares ou restaurantes. É natural pois são locais de lazer, de estar, de não fazer nada, de conversar ou de espera. E aproveita-se para desenhar. Mas, por serem lugares fechados, com pessoas, às vezes muitas, de diferentes planos, ou muito perto ou longe, não são fáceis de serem representados. A minha última tentativa só é identificável por ter o pacote de açúcar.

Café A Brasileira. Lisboa. Junho 2007

quinta-feira, junho 28, 2007

António Arroio 2

E para finalizar as últimas definições. Gosto sobretudo da última. "É um livro mágico. É um livro onde cada página tem uma vida. É onde gosto de vaguear. O meu diário é o meu auto-retrato".

Vania Assis. 12ºano. Ano 2006 (Profª. Amélia Martins)

Mafalda Matos. 12ºano. Ano 2006 (Profª. Anabela Canas)

quarta-feira, junho 27, 2007

António Arroio 1

Aqui vão mais algumas definições e folhas de cadernos deliciosos. "É um grupo de folhas à espera do seu dia. Diário Gráfico para mim é família. Onde tudo se mistura e tem um bocadinho de nós. É um local de registo para diferentes emoções, situações quotidianas ou apenas de originalidades"

Tiago Alexandre. 12ºano. Ano 2006 (Profª. Filomena Lima)

Sara Belo. 12ºano. Ano 2006 (Profª. Filomena Lima)

terça-feira, junho 26, 2007

António Arroio

Vale a pena ir até à escola António Arroio ver uma excelente exposição de Diários Gráficos feitos por alunos. Vejam algumas das definições que eles deram sobre o assunto: “O Diário Gráfico é o serviço de acompanhantes mais barato do mundo. É como uma necessidade não necessária. Não consigo explicar bem, mas é como pensar sem a cabeça”.
Como não tenho os Diários que estão na exposição, aqui vão alguns exemplos do ano passado.

Joana Botas. 12ºano. ano 2006 (Profª. Anabela Canas)

Mina Anguelova. 12ºano. ano 2006 (Profª. Amélia Martins)

segunda-feira, junho 25, 2007

Praias

Desenho de modelo na praia. Ali para os lados de Melides. Só tinha esta caneta à mão.



Praia Aberta Nova. Junho 2007

sexta-feira, junho 22, 2007

Quando o tamanho é importante

O tamanho do Diário gráfico varia de autor para autor. Por mim é preciso que caiba no bolso do casaco, no Inverno, e no bolso de trás das calças, no Verão, mas que não seja minúsculo. Tenho dedicado atenção aos Diários de vários autores e tenho posto como limite de tamanho o A4, dimensão que cabe numa pequena mochila.


Francisco Vidal (1978). Cabo-Verde. Pintor
Dimensão do caderno: 21,5x30 cm


Pablo Picasso (1881-1973). Espanha. Pintor
Dimensão do caderno: 7x12 cm


quinta-feira, junho 21, 2007

Personagens 8

Bruno, o motorista desta carrinha/táxi, é um certo tipo de homem caboverdeano. Gostam de fazer filhos, de preferência de várias mulheres. Dizem que é uma prova de amor (não sei se deles se delas). Tem 8 filhos e a mulher (a legítima) está à espera de mais um.

Cascabulho. Ilha do Maio. Cabo-Verde. Março 2006

quarta-feira, junho 20, 2007

Personagens 7

Clarisse, conhecida por Rozely, é uma excepção em Cabo-Verde. Tem uma única filha, que vive com o pai, e é independente economicamente. Vende cervejas, grogue, cigarros à unidade e serve refeições por encomenda. Almocei lá por duas vezes e passei umas tardes muito agradáveis na conversa com ela e com os vizinhos/fregueses.

Morro. Ilha do Maio. Cabo-Verde. Março 2006

terça-feira, junho 19, 2007

Personagens 6

No Hotel Bom Sossego, na ilha do Maio, a Felicidade e a Ivania são as cozinheiras, a Carmita serve à mesa. As três arrumavam os quartos. A Felicidade, mulher enorme, tinha uma beleza singular. Depois de passar lá uma semana senti-me à vontade para lhes dizer que gostava de as desenhar. Enquanto a Felicidade, inesperadamente, não ficou muito à vontade, as outras duas vestiram-se a preceito e posaram.

Ilha do Maio. Cabo-Verde. Março 2006

segunda-feira, junho 18, 2007

Lagoa

O Pintor que frequentava o local da capela que refiro anteriormente era muito amigo dum antigo professor meu, o escultor Lagoa Henriques. Ele influenciou-me, e a muitos outros, a começar a usar o Diário Gráfico. Na altura “passou-me um bocado ao lado” e só “apanhei” a ideia uns anos mais tarde.
Obrigado homónimo pela informação que o Sezinando me tinha incluido na lista. A minha lista de blogs preferidos são os blogs que estão nos meus links, por onde passo sempre que passo pelo meu. Como só posso pôr cinco, tiro o waterhalo que posta muito pouco.


Viagem a Florença. Lagoa Henriques

sábado, junho 16, 2007

Desenho 8

Sempre me fascinou esta capela, o espaço envolvente e a vista sobre o Tejo. Houve um pintor que a pintou obsessivamente. Sempre me apeteceu fazer o mesmo. No outro dia proporcionou-se. Por aqui as opiniões dividem-se sobre se gostam mais com cor ou sem ela.


Lisboa. Junho 2007

quinta-feira, junho 14, 2007

Desenho 7

Por vezes a aplicação de cor não é mais que uma “bengala” para definirmos melhor uma forma e conseguirmos que o desenho tenha uma leitura mais evidente. O desenho abaixo é um bom exemplo. Sem cor e sem mancha ficou um desenho confuso, sem expressão (conceito complicado de definir).

Doca do espanhol. Lisboa. Junho 2007

terça-feira, junho 12, 2007

Alunos

Finalização de trabalhos para uns e já não apetecer fazer nada para outros.


Junho 2007

sexta-feira, junho 08, 2007

América do Sul 37

No Domingo seguinte voltei à feira no bairro de S.Telmo, na praça Dorrego. Sou pouco conhecedor de Fado, mas o Tango parece-me ter grandes semelhanças com ele. Parece uma lamúria, mas com algo de reivindicativo. Tantos estes três senhores, que dialogavam a cantar, como o outro solitário, pareciam querer dizer que também tinham direito a ser felizes. Comprei um anel e um brinquedo de madeira para oferecer.


Buenos Aires. Maio 2004

quinta-feira, junho 07, 2007

América do Sul 36

Cheguei a Buenos Aires a tempo do 1º de Maio. O centro das comemorações era na praça de Mayo onde as mães, cujos filhos tinham “desaparecido” durante a ditadura, se reuniam todas as 5ªs feiras. As manifestações por estas bandas não são para brincadeiras.


Praça de Mayo. Buenos Aires. Maio 2004

terça-feira, junho 05, 2007

América do Sul 35

No meu regresso a Buenos Aires atravessei os Andes de camioneta, na falta do mítico comboio que já não existe. Consequência das privatizações. Experiência que me permitiu registar algumas paisagens.

"Uma paisagem desenhada não encontra um correspondente na realidade observada, não há uma paisagem que seja captada exactamente como é criada graficamente, o desenho resulta como uma compilação de informação e expressão de uma vontade ordenadora."
Conversa com o desenhador-antropólogo Manuel João Ramos



Travessia dos Andes Chile-Argentina. Abril 2004

sábado, junho 02, 2007

José Pedro Croft

No átrio do Museu Gulbenkian uma Instalação (?) ou umas esculturas (?) ou umas peças (?) ou umas vitrinas (?) de José Pedro Croft, denominadas Paisagens Interiores. Desenhei o Apolo no meio enquanto esperava pela hora da reunião. Problema de quem chega sempre adiantado aos encontros.

Fundação C. Gulbenkian. Lisboa. Maio 2007