Em 2009 e 2010 Miquel Barceló andou pelo norte da Índia. Levou dois cadernos. Um pequeno com linhas onde escreveu muito e desenhou pouco. Outro, maior, onde só desenhou a pincel e com aguarela.
sexta-feira, janeiro 31, 2014
quarta-feira, janeiro 29, 2014
Zócalo
É no Zócalo, nome popular da Praça da Constituição (é a Praça de Armas como quase todas as cidades latinoamericanas), que fica a Catedral. A praça, de grandes dimensões, está sempre repleta de gente. Saí na paragem de metro com o nome Zócalo.
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terça-feira, janeiro 28, 2014
Coyoacán
Coyoacán na Cidade do México é um bairro onde apetece viver. Tem pequenas lojas, teatros e cafés. É muito pacato e onde se localiza a casa-museu Frida Khalo. Fui até lá de metro. Apanhei-o na estação “Niños Héroes” e saí em Coyoacán. A casa sobressai com o seu azul forte.
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segunda-feira, janeiro 27, 2014
Teotihuacan
No seu Diário de “Bordo” Fernando Távora refere-se à ida a Teotihuacan, um conjunto de pirâmides perto (a cerca de uma hora de camioneta) da Cidade do México. Começa por dizer que ficou muito impressionado e depois passeou, desenhou, fotografou, pensou e subiu à pirâmide do Sol onde descansou uma hora. Eu também senti e fiz isso tudo (fez ontem precisamente um ano). E desenhei bastante, no entanto as únicas imagens que tenho dessa visita são estas fotos do caderno, tiradas em más condições, que fiz para as enviar por email.
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sexta-feira, janeiro 24, 2014
Fernando Távora
“No Museu fui atingido por uma espécie de loucura que me levou a fazer alguns desenhos” escreve o arquitecto Fernando Távora no seu, o que ele chama, “Diário de Bordo”, durante a longa viagem que fez ao México, integrada numa mais vasta onde passou pelos E.U.A., Japão, Tailândia, Paquistão, Líbano, Egipto e finalmente Grécia, entre fevereiro e junho de 1960.
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quarta-feira, janeiro 22, 2014
Os Passeadores de Cães
A burguesia, ou classe média como agora se diz, do bairro Recoleta, e outros bairros de Buenos Aires, recorre muito a este valioso serviço: o de passeador de cães. No segundo desenho o senhor tinha tantos cães à sua guarda que teve que parar para organizá-los. Foi nessa altura que não hesitei e puxei do meu caderno.
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terça-feira, janeiro 21, 2014
Rio Mapocho
A Cordilheira dos Andes, salpicada de neve, está sempre à vista em Santiago. Este desenho foi feito ao atravessar o rio Mapocho, principal rio de Santiago, quando vinha da visita a casa de Pablo Neruda no bairro Belavista.
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segunda-feira, janeiro 20, 2014
Os jardins de Santiago
A casa de gelados autointitulava-se “dos 25 melhores gelados do mundo”. Não eram maus e era junto a um belo jardim onde as famílias, ao domingo, passeavam. Lá mais adiante estavam a atuar uns fantoches (títeres em espanhol) dirigida às crianças mas também aos adultos com umas piadas políticas a ridicularizar o ditador Pinochet de má memória.
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sábado, janeiro 18, 2014
Valparaíso
Fui a Valparaíso procurar os lugares e as pessoas desenhadas por Loro Coirón. As suas ruas estreitas e íngremes eram, até há pouco tempo, servidas por electricos. Agora, infelizmente como se passa em várias cidades, há só uma ou duas linhas e é mais uma atracção turística. Mas a cidade palpita de gente e de vida.
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sexta-feira, janeiro 17, 2014
Loro Coirón
Estes desenhos foram feitos a partir de outros desenhos. Vi-os numa exposição no Museu Nacional de Belas Artes de Santiago. Desenhos impressos em grande formato, sobre Valparaíso e as suas gentes, do pintor francês Thierry Defert mais conhecido por Loro Coirón, que adoptou o Chile e aquela cidade portuária como suas. Fez-me ter vontade de ir até lá o que fiz no dia seguinte.
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quinta-feira, janeiro 16, 2014
Bairro Brasil em Santiago
“Não se admitem sapos”. Naquele café com uma esplanada muito agradável no bairro Brasil, na praça com o mesmo nome, estava um cartaz com aquele dito. Fiquei intrigado e perguntei ao dono o que queria dizer. Era que “não queremos aqui gajos da CIA, fascistas, ou da direita em geral”.
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terça-feira, janeiro 14, 2014
A Praça de Armas em Santiago do Chile
A Praças de Armas nas cidades latino-americanas, excluindo o Brasil, são sempre os centros principais. Onde estão todos os centros de poder: político, religioso, judicial. E também onde as pessoas se encontram e onde acontece tudo. Mas a de Santiago do Chile supera todas. Não é a mais bonita mas é a mais diversificada: jogadores de xadrez, pintores, leitores de tarot, manifestações políticas, vendedores da bíblia, palhaços, marionetas, macacos amestrados. E a própria arquitetura é diversa: a catedral neoclássica dialoga com o centro comercial em vidro.
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segunda-feira, janeiro 13, 2014
Um performer em Santiago do Chile
Ele era um autêntico performer. Uma espécie de palhaço com um único adereço, uma mala de executivo. Quem passasse perto tinha que levar com ele ao lado a imitar o andar, os tiques. Puro improviso. Conseguiu juntar uma pequena multidão a rir às gargalhadas. Até os polícias a cavalo. Foi na praça de Armas em Santiago do Chile.
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sexta-feira, janeiro 10, 2014
Daniel Blaufuks
Os suportes utilizados por Daniel Blaufuks são a fotografia e o vídeo. Faz exposições, filmes e livros. Do que gosto mais são os livros de viagem. O “London Diaries” (1994) com fotografias “polaroids” coladas e texto escrito a grafite (imagens em baixo) ou “Uma Viagem a São Petersburgo” (1998).
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quinta-feira, janeiro 09, 2014
O Deserto de Atacama
Levei água, claro, um chapéu e duas barras de cereais. A pé pelo deserto de Atacama até ao Vale de La Muerte. A terra ressequida com partes brancas do sal. É muito difícil dar a ideia daquela imensidão num desenho.
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quarta-feira, janeiro 08, 2014
Tocanao
O Alberto e o Matias sentaram-se ao meu lado como não estivessem a prestar atenção. Tinha apanhado um autocarro e ido até uma aldeia próxima, Tocanao, onde me sentei na pequena praça a desenhar a pequena igreja com a torre separada do resto. Mas ao fim de pouco tempo já estavam a querer ver e a mostrar que também eles sabiam desenhar.
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terça-feira, janeiro 07, 2014
São Pedro de Atacama
São Pedro de Atacama é uma pequena cidade com construções feitas em adobe no meio de um grande deserto. Em tempos deve ter sido uma espécie de oásis. Agora é um centro turístico com lojas de “recuerdos”, agências de viagens, aluguer de bicicletas, hotéis de charme. Também tem um polo de universidade para pós-graduações e um pequeno museu. Além da igreja, também ela em adobe.
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domingo, janeiro 05, 2014
Viagem Puno-S.Pedro de Atacama
O Lago Titicaca faz fronteira com o Peru e com a Bolívia. A minha intenção de entrar pela Bolívia pelo norte saiu gorada por causa dos bloqueios de estrada não terem fim à vista. Assim rumei para o Chile. Não havendo transporte directo a alternativa foi apanhar vários transportes: Puno-Tacna, ainda no Peru e onde tive que dormir; Tacna-Fronteira; Fronteira-Arica, já no Chile, onde esperei cerca de 10 horas, que aproveitei para visitar; Arica-S.Pedro de Atacama. De manhã o deserto entrou pela janela do autocarro numa visão inesperada.
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sexta-feira, janeiro 03, 2014
As Ilhas Flutuantes
Havia dois ou três barcos por dia para as ilhas. Fui no do meio-dia. Eram pequenos barcos que me fizeram lembrar os que ligam Tavira à ilha. Fui a duas das ilhas. Numa delas uma das casas era um restaurante onde aproveitei para almoçar. Cada casa tinha um pequeno painel solar. Os habitantes das ilhas viviam da pesca e da caça aos patos, agora fazem artesanato que vendem aos turistas.
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quinta-feira, janeiro 02, 2014
As Ilhas Flutuantes
No Lago Titicaca, o lago navegável situado nos Andes e a maior altitude do mundo, existem cerca de 70 ilhas feitas de plantas aquáticas pelos próprios habitantes. Constroem a própria ilha, as casas e os barcos. Em cada ilha vivem 4, 5 ou 6 famílias e têm um chefe e uma chefa. O conjunto das ilhas tem um chefe geral.
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