No meu regresso a Buenos Aires atravessei os Andes de camioneta, na falta do mítico comboio que já não existe. Consequência das privatizações. Experiência que me permitiu registar algumas paisagens.
"Uma paisagem desenhada não encontra um correspondente na realidade observada, não há uma paisagem que seja captada exactamente como é criada graficamente, o desenho resulta como uma compilação de informação e expressão de uma vontade ordenadora."
Conversa com o desenhador-antropólogo Manuel João Ramos
"Uma paisagem desenhada não encontra um correspondente na realidade observada, não há uma paisagem que seja captada exactamente como é criada graficamente, o desenho resulta como uma compilação de informação e expressão de uma vontade ordenadora."
Conversa com o desenhador-antropólogo Manuel João Ramos
Travessia dos Andes Chile-Argentina. Abril 2004
7 comentários:
Belissimos. Um post a reter.
Belíssimos! O de baixo fez-me pensar na estrada que percorri, na juventude, com os meus pais no San Gotard na Suíça; hoje a montanha é atravessada por um túnel. Lembro-me que no alto estava um polícia de trânsito e com aquela estrada em curvas e contra-curvas ele podia observar tudo.
O desenho de cima corta-me a respiração.
Lindos. Embora a perspectiva de ter que os atravessar de camioneta seja, no mínimo, assustadora...
que sonho...
q vontade de viajar...
Magníficas paisagens e magníficos desenhos. Um abraço
As paisagens estão muito bonitas,magníficas.
Concordo com as afirmações de António João Ramos.A leitura da realidade é feita com base na nossa formação teórica-ideológica. O que eu vejo numa paisagem enquanto Geógrafa é diferente do que vê por exemplo um Arquitecto.Desta forma, ao transmitir através de esquemas ou desenhos as diferentes observações estou a construir realidades que reflectem percursos únicos e que podem ter maior ou menor facilidade de ser validados pelas Comunidades Científicas , pelas Galerias, ou por editoras.
Galeota
17-6-07
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