As duas personagens em primeiro plano, vindos do Brasil, relataram experiências, muito interessantes, com miúdos realizadas em escolas. Os assistentes ouviram e participaram entusiasmados.
Saio do Largo de Santa Maria, viro à direita na rua dos Infantes e desemboco na praça da República. Esta praça, muito bonita com a sua forma comprida, mas que não cheguei a desenhar, parece-me que poderia ser mais bem aproveitada.
A cidade de Beja, onde decorria o Festival de Banda Desenhada e o Congresso Ibero-americano de Educação Artística, pareceu-me mais cosmopolita que o costume.
Desenhar com lápis é diferente de com caneta, obviamente. O som a riscar o papel é mais agradável e, por isso, apetece riscar mais. E até se pode apagar.
Metropolitano. Entre a linha amarela e a verde. 17 horas
Mário Laginha no piano, Bernardo Moreira no contrabaixo e Alexandre Frazão na bateria, deram um concerto arrebatador no Teatro Municipal de Almada. Concerto à volta do conceito de “Espaço” (título do último CD de Mário Laginha Trio). Como Laginha diz “muitos dos termos utilizados no universo da arquitectura são comuns aos utilizados no universo musical”.
No 2ºdesenho, quando estava à volta do contrabaixo, a tinta da caneta começou a falhar e tive que passar para o lápis.
O interior de uma gôndola é todo lacado a preto, as almofadas são de veludo magenta, os acessórios de talha dourada e os tapetes mesclados de dourado e vermelho. É um autêntico luxo asiático ou, diria antes, de um assustador kitsch.
Numa visita a Itália deve ser obrigatório ir a Veneza. Não por parecer uma cidade já nossa conhecida, mas pelo contrário, pelas surpresas que nos proporciona. Até as inevitáveis gôndolas nos apetece desenhar.
Disseram-me que a cidade não tinha muito interesse e, por isso, fui directamente à torre. E lá estava ela, escondida atrás do baptistério e mais bela do que eu a imaginara.
É das praças mais bonitas por onde já passei. Mas por ser de forma irregular, o piso não ser plano e a escala da torre do Palácio ser exagerada, é muito difícil de desenhar. Na minha primeira tentativa não passei da torre.
Sapatos são realmente um óptimo objecto para desenhar. Especialmente aqueles já usados. Mas, ainda na mesma viagem, também desenhei estas babuchas acabadas de comprar numa loja árabe, em Granada, no caminho para Alhambra.
Tal como o iniciado nos registos diários pode começar por desenhar objectos em casa, numa viagem também o viajante pode dedicar-se a fazer o desenho dos seus objectos pessoais. Na viagem que fiz pela Europa, durante três meses, só tirei estas botas dos pés para dormir e quando as desenhei.