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sexta-feira, maio 11, 2007

Personagens 5

Ainda no seguimento do desenho anterior registei mais esta personagem. Mulher atenta a quem estava a olhar para ela, bronzeada em estufa, com algumas intervenções plásticas, que costuma aparecer nas fotos das revistas cor-de-rosa ou, pelo menos, que as costuma ler.

Buenos Aires. Abril 2004

quinta-feira, maio 10, 2007

Personagens 4

Sem querer armar-me em sociólogo estive a observar estas personagens enquanto almoçava. Pareceram-me muito característicos deste país e da sua história recente e obscura. O senhor do meio, físico à Maradona e malandreco; o polícia, com colete à prova de bala como todos usam por estas bandas, tipo índio e às ordens do que for preciso; o paisana, ex-militar talvez da guerra suja e tipo subserviente para os superiores.

Buenos Aires. Abril 2004

sábado, abril 07, 2007

América do Sul 31

A Plaza de Armas em Santiago do Chile não é propriamente bonita, mas é o lugar público mais fascinante onde já estive. Além do xadrez, podem ver-se videntes de tarot, aluguer de telescópios para observar a lua, pares a namorar, grupos a conversar, espectáculos de saltimbancos ou de humoristas, muito corrosivos politicamente e com um público participativo, divulgadores da bíblia. È um destes que represento em baixo. Eram autênticos artistas, que não me cansava de observar.

Plaza de Armas. Santiago do Chile. Abril 2004

sexta-feira, abril 06, 2007

América do Sul 30

Se a quantidade de pessoas que jogam xadrez fosse um dos índices de medição do grau de desenvolvimento de um país, o Chile seria um dos da frente. Na Praça de Armas, na capital, vêem-se pessoas de todas as idades, classes sociais, profissões, maneiras de vestir e de estar, a jogar xadrez. Fora os espectadores que dão palpites e sofrem com as jogadas. As mulheres devem jogar em casa.

Plaza de Armas. Santiago do Chile. Abril 2004

segunda-feira, março 19, 2007

América do Sul 26

Na longa fronteira entre Argentina e o Chile há uma zona conhecida como dos “grandes lagos”. É uma zona alta, húmida e com vegetação muito densa. Andei por lá de barco e a pé.

Lago Cantaro. Argentina. Abril 2004

sábado, março 17, 2007

América do Sul 25

A cidade de Bariloche é muito agradável. Fica no início da Patagónia e rodeada por lagos e montanhas. A região faz lembrar os Alpes. A dona do hotel onde fiquei, Cristina, era muito simpática e deu-me imensas informações que me foram úteis.

Vista do hotel Milan. Bariloche. Argentina. Abril 2004

terça-feira, março 13, 2007

América do Sul 24

Quase à chegada a Bariloche, depois de uma noite de viagem e passadas 24 horas de camioneta, tive uma visão dumas árvores amarelas. Uma espécie de ciprestes luminosos. Não percebi se era uma visão, resultado de uma noite mal dormida. Não descansei enquanto não as pintei, enquanto tinha aquela visão nos meus olhos. Disseram-me depois que eram álamos.

Bariloche. Argentina. Abril 2004

terça-feira, novembro 07, 2006

América do Sul 7

Joaquin Torres Garcia (1874-1949), artista uruguaio, foi um viajante fazendo também os seus diários nessas viagens. Em Nova Iorque montou uma pequena fábrica/atelier de brinquedos concebidos, produzidos e comercializados por ele. Eram brinquedos de madeira com uma grande componente didáctica. Nos Museus uruguaios não se paga (li algures que já não é assim), cada um dava o que queria ou podia. Armei-me em forreta e dei 50 pesos, mais ou menos 1,5 euro.

Museu Torres Garcia. Montevideu. Uruguai. Março 2004

quinta-feira, novembro 02, 2006

América do Sul 6

Atravessei o rio La Plata e desembarquei em Colónia, Uruguai. Aluguei uma bicicleta e fui almoçar junto ao rio. A água é castanha mas nada poluída.

Colónia. Uruguai. Março 2004

terça-feira, outubro 24, 2006

América do Sul 5

O tango outra vez. Costumava ir à "Confiteria Ideal" para o ouvir e ver dançar. É um espaço antigo parecido com o nosso Ritz. Por ser uma dança já muito conhecida torna-se difícil desenhá-la sem ser em posições estereótipadas.


"Confiteria Ideal". Buenos Aires. Abril 2004

segunda-feira, outubro 23, 2006

América do Sul 4

Que a música, o tango, paira sobre Buenos Aires é mesmo verdade. Eu ouvi. Aos Domingos no Bairro de S.Telmo, Praça Dorrego, instalavam-se os feirantes e os músicos. A minha banda preferida era a Orquestra Típica Fernandez Fierro. Ficava horas a ouvir aquela música arrepiante. E no fim o vocalista, o “Chino”, fazia um peditório com uma camisa ensanguentada, uma referência aos “desaparecidos” na ditadura.


Praça Dorrego. Buenos Aires. Abril 2004

domingo, outubro 22, 2006

América do Sul 3

Na Argentina, e em Buenos Aires em particular, as causas sociais continuam muito presentes. As pessoas mobilizam-se com facilidade para reivindicarem aquilo que acham justo. Este desenho está péssimo, mas fi-lo com alguma emoção. Foi na Praça de Mayo, praça com grandes tradições de luta, em frente à catedral (edifício feio, neoclássico, que não se vê no desenho). As manifestantes não tinham contemplações e chamavam os responsáveis pelos nomes. Era promovida pela organização “Pan y Rosas” e no dia 8 de Março. Bonito.

Praça de Mayo. Buenos Aires. Março 2004

sábado, outubro 21, 2006

América do Sul 2

"Nada melhor do que caminhar numa cidade, sem a conhecer. Saber-me perdido e, mesmo assim, continuar a andar como se ali tivesse nascido. O pior é que me perco cada vez menos nas cidades, ou melhor: já não possuo a capacidade de me deixar perder".Al Berto O Anjo Mudo, Assírio&Alvim, Lisboa 2001

O trânsito, em Buenos Aires, é aparentemente caótico. Mas, com mais atenção, verifica-se que as regras são outras. Os autocarros além de baratos são muitos, o que dá para nos movermos pela cidade com facilidade.


Buenos Aires. Argentina. Abril 2004

sexta-feira, outubro 20, 2006

América do Sul 1

"Já embarcado, encostado à amurada, apercebi-me que muito pouco, ou nada, sabia sobre a Sardenha. Mas também não me tinha informado, de propósito. Contava com uma certa emoção da descoberta. Sempre gostava de chegar aos lugares que decidira visitar sem saber grande coisa sobre eles. Isso deixava-me absoluta liberdade de movimentos. Nada melhor do que caminhar numa cidade, sem a conhecer. Saber-me perdido e, mesmo assim, continuar a andar como se ali tivesse nascido".
Al Berto O Anjo Mudo, Assírio&Alvim, Lisboa 2001

Chegada a Buenos Aires rumo ao Hotel Lisboa escolhido unicamente pelo nome. Tinha tudo o que era preciso. Casa de banho, muito limpo, luz natural, uma pequena varanda, pequena mesa onde se podia pintar e escrever, pessoas simpáticas, pequeno almoço com o jornal do dia, muito central e ... barato. Tinha o nome do hotel em neon mesmo na minha varanda mas não incomodava, antes pelo contrário.

Hotel Lisboa. Calle Bartolomeu Mitre. Buenos Aires. Argentina. Abril 2004

quinta-feira, outubro 19, 2006

América do Sul

"Viajar, se não cura a melancolia, pelo menos, purifica. Afasta o espírito do que é supérfluo e inútil; e o corpo reencontra a harmonia perdida - entre o homem e a terra". Al Berto O Anjo Mudo, Assírio&Alvim, Lisboa 2000

Com base em Buenos Aires viajei pela América do Sul durante uns meses. A viagem de avião é longa. Desenhar quase às escuras é um bom exercício.


Vôo Lisboa-Madrid-Buenos Aires. Março 2004